A incontinência urinária é muito comum e afeta o dia a dia dos pacientes. A doença afeta a capacidade de controlar a urina, fazendo com que muitas vezes a pessoa não consiga segurar a vontade de fazer xixi e esperar até chegar ao banheiro.
O urologista André Guilherme Cavalcanti desmistificou as principais questões que envolvem o problema. Veja a seguir
O tabagismo aumenta as chances de desenvolver incontinência urinária. VERDADE
O hábito de fumar causa tosses frequentes e constantes, que demandam esforço abdominal. Desta forma, quanto mais se tosse, mais “afrouxa-se” a região pélvica, podendo resultar na perda involuntária de urina.
A perda involuntária de urina acomete apenas idosos. MITO
Apesar de ser mais comum em idosos, a incontinência urinária não acomete apenas pessoas com mais de 60 anos. Até mesmo jovens, adultos e crianças podem ter a doença.
O número de gestações e partos normais aumenta o risco para a doença. VERDADE
O especialista indica que o trauma causado pela gestação e a força dispendida no perto normal pela musculatura pélvica estimulam a incontinência urinária.
A incontinência urinária não tem cura. MITO
A doença pode ser tratada por meio de diversos procedimentos. Os mais comuns são os medicamentos orais, fisioterapia e, em último caso, as cirurgias. No entanto, quem vai definir o melhor tratamento para cada caso é um urologista.
A obesidade pode desencadear a incontinência urinária. VERDADE
Inúmeros estudos indicam que A incidência de perda urinária aumente cerca de 10% para cada 1Kg por m² de aumento no IMC. Por isso, a obesidade é um fator de risco para o problema, e a perda de peso pode ajudar no controle urinária.
Mulheres que nunca tiveram filhos nunca terão incontinência urinária. MITO
Apesar de a gestação aumentar as chances de uma mulher desenvolver a doença, a ausência da maternidade não é protetora. Há uma relação de hereditariedade que pode influenciar no desenvolvimento da doença.
Atividades físicas podem estimular a perda involuntária de urina. VERDADE
Atividades físicas que envolvem muito impacto, como ginástica olímpica e salto em distância, podem estimular o desenvolvimento da doença principalmente em mulheres. Em contrapartida, exercícios mais leves e moderados como hidroginástica podem ajudar a reduzir os sintomas.
É impossível prevenir a perda involuntária de urina. MITO
Há exercícios de fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico que podem ajudar a prevenir a doença. Além disso, manter dieta equilibrada e evitar o sobrepeso também são formas de evitar o problema.
Mulheres devem tratar a incontinência urinária com o urologista. VERDADE
O urologista é o médico responsável por questões relacionadas a disfunções miccionais tanto em homens como em mulheres.
Apenas mulheres desenvolvem a doença. MITO
Apesar de ser mais recorrente em mulheres, os homens também podem desenvolver a doença — principalmente os homens com mais de 50 anos, como consequência de problemas na próstata.