
Substituir carboidrato por proteína pode eliminar os quilos extras em um primeiro momento. Mas, em longo prazo, a mudança no cardápio pode provocar ganho de massa corporal e aumentar o risco de morte prematura naqueles que já têm risco cardiovascular. É o que mostra uma pesquisa apresentada no Congresso Europeu sobre Obesidade, realizado em Praga.
Para o estudo, os pesquisadores acompanharam mais de 7 000 pessoas com mais de 55 anos. Durante cinco anos, os participantes responderam questionários sobre os hábitos alimentares. Todos tinham diabetes tipo 2 ou pelo menos três do seguintes fatores de risco para doenças cardiovasculares: tabagismo, pressão alta, altos níveis de colesterol, sobrepeso, obesidade ou ainda um histórico familiar de morte cardíaca prematura.
De acordo com os resultados, quando as proteínas substituíram carboidratos na dieta houve um aumento de 59% no risco de morte prematura e 90% mais probabilidade no aumento de, no mínimo, 10% de massa corporal.
Considerada radical, a dieta Atkins é conhecida por sua eficiência em eliminar até 10% do peso em pouco tempo. Em geral, não restringe o total de calorias, mas libera o consumo de gorduras e proteínas. A grande falha é que esse tipo de alimentação é pobre em vitaminas e fibras alimentares. Outro ponto negativo é que a comida gordurosa pode aumentar o colesterol.
“Estes resultados mostram que o uso generalizado das dietas de alta proteína não é uma boa estratégia para perder peso”, afirmou Monica Bullo, da Universidade Rovira i Virgili, na Espanha, e principal autora do estudo. De acordo com os pesquisadores, o consumo excessivo de proteína também está associado ao surgimento de doenças renais, mudanças no metabolismo do açúcar e também nos níveis de gordura no sangue.
Dieta contra pressão alta
Chamada de DASH Diet em inglês, o plano tem como objetivo prevenir e tratar a hipertensão. A dieta DASH foi considerada por médicos americanos como a mais adequada para beneficiar o corpo de diferentes maneiras, já que acaba promovendo perda de peso e uma alimentação mais nutritiva. A ideia é simples: enfatizar nutrientes que previnem a hipertensão, como potássio, proteína, fibra e cálcio – encontrados em vegetais e alimentos integrais –, e evitar aqueles que aumentam a pressão arterial, especialmente os ricos em sal, calorias e gordura, como os industrializados, doces e carne vermelha. Como não proíbe o consumo de nenhum grupo alimentar, essa dieta é considerada como relativamente fácil de ser seguida.
Dieta para reduzir o colesterol
Conhecido como dieta TLC (sigla para “terapia para mudança do estilo de vida”), o plano tem como principal objetivo reduzir a taxa de LDL, o “colesterol ruim”, prevenindo doenças cardiovasculares. O foco desse tipo de alimentação é diminuir significativamente o consumo de gordura, principalmente a saturada, encontrada nas carnes mais gordurosas, laticínios integrais e frituras, por exemplo. Recomenda-se que a gordura passe a representar até 7% do total de calorias consumidas no dia. A dieta ainda prevê a ingestão de fibras, presentes nos vegetais e alimentos integrais, que também contribuem com o combate ao colesterol alto. A dieta TLC pode ajudar a emagrecer, uma vez que estudos sugerem que uma alimentação com pouca gordura é eficaz na perda de peso.
Dieta da Clínica Mayo
Essa dieta foi desenvolvida pela Clínica Mayo, instituição dos Estados Unidos que realiza pesquisas na área da saúde e oferece recomendações sobre prevenção de doenças. O objetivo dessa dieta é emagrecer. Os criadores sugerem que, seguindo o plano, é possível perder entre 2,5 e 4,5 quilos nos primeiros quinze dias e, depois, de 0,5 a 1 quilo por semana. A dieta se baseia na adoção ou eliminação de quinze hábitos. É proibido comer enquanto assiste TV ou consumir açúcar nas primeiras duas semanas, por exemplo. O plano também recomenda a alimentação de pratos balanceados de acordo com uma pirâmide alimentar. Ou seja, refeições contendo todos os grupos alimentares, de vegetais a carboidratos e gordura, mas nas quantidades adequadas. Estudos já demonstraram que a dieta é eficaz na perda de peso e ajuda a proteger a saúde cardiovascular.
Dieta do Mediterrâneo
A Dieta do Mediterrâneo se baseia na alimentação seguida por habitantes de países banhados pelo Mar Mediterrâneo. Ela se tornou conhecida principalmente após a publicação de várias pesquisas científicas que comprovaram os seus benefícios. A dieta visa a perda e a manutenção do peso e a prevenção de doenças crônicas com a baixa ingestão de carne vermelha, açúcar e gordura saturada. Por outro lado, o plano prevê um maior consumo de alimentos como nozes e castanhas, vegetais, grãos integrais, azeite de oliva e peixe. O vinho tinto também é indicado, com moderação.