Empregos

Desemprego está alto, mas há setores em que falta mão-de-obra

A ODONTOLÓGICA é a principal Clínica da Chapada Diamantina. Atende as regiões de Itaberaba, Iaçu, Boa Vista do Tupim, Ruy Barbosa, Itaetê, Marcionílio Souza, Wagner, Utinga, Lençóis, Andaraí, Nova Redenção, Lajedinho, Ibiquera. Realiza atendimentos com especialistas em odontologia nas áreas de ortodontia, implantes, cirurgia, endodontia (tratamento de canal), odontopediatria, restaurações, periodontia, laserterapia, estética. Procedimentos Realizados: Restaurações, Estética, Periodontia, Tratamento de canal, Ortodontia, Aparelho ortodôntico, Extrações, Profilaxia, Remoção de tártaro, Implante, Enxerto ósseo, Levantamento de seio maxilar, Implantes Carga Imediata. Dr. Gardel Costa é Doutorando, Mestre e Especialista em Implantes, Especialista em Ortodontia, pós-graduado pela New York University.

Em estudo elaborado para o site de VEJA com exclusividade, Confederação Nacional do Comércio identifica escassez de profissionais em áreas como TI e agronegócio.

O desemprego é uma das faces mais visíveis — e um dos reflexos mais danosos — da atual recessão econômica brasileira, a mais severa desde, pelo menos, o início da década de 1930. No trimestre encerrado em maio, 11,4 milhões de pessoas estavam sem ocupação, ou 11,2% da força de trabalho do país, segundo a edição mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas a falta de trabalho não impede que alguns setores ainda penem com um mal que parecia um fenômeno restrito aos dias em que o Brasil viveu um cenário de pleno emprego, com taxa de desocupação inferior a 5%: a escassez de profissionais.

Em um levantamento exclusivo, elaborado a pedido do site de VEJA, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que esse mal persiste — e que, em setores importantes, a falta de qualificação ainda impede o preenchimento de vagas. Resultado: mesmo depois de ver sua economia encolher 3,8% em 2015 e ter retração superior a 3,5% projetada para este ano, o Brasil é um dos cinco países que mais têm dificuldade para contratar, segundo pesquisa da consultoria americana ManpowerGroup.

O agronegócio, uma das forças do comércio externo brasileiro e setor em que a mecanização e o uso de tecnologia só fazem crescer, é um dos que têm tido dificuldade para contratar. Segundo o estudo da CNC, nos últimos doze meses (até abril), foram geradas 380 vagas para a produção das chamadas plantas fibrosas, entre as quais aparece o algodão. Mesmo com um aumento salarial oferecido a esses profissionais – responsáveis por preparar o solo, executar o plantio e efetuar reparos e manutenção em máquinas e equipamentos – de em média, 144% ao longo desses doze meses, nem todas vagas foram ocupadas.

Olmiro Flores, diretor da Agrosul Máquinas, localizada no polo agrícola de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, atesta o fenômeno. A baixa qualidade da mão de obra e a resistência de alguns profissionais de mudar para cidades do interior do Brasil ajudam a explicar a dificuldade para preencher os postos, afirma. E há também uma espécie de fenômeno geracional, avalia Flores. “O pessoal que acabou de se formar quer ganhar um salário alto logo de cara, o mesmo que recebe uma pessoa com mais experiência”, diz ele, conhecido no oeste baiano como Chico. “Isso é um problema. Esses jovens querem sair da faculdade como se fossem superiores. Tem que trabalhar, tem que aprender, tem que se submeter.”

E mais: a tecnologia está criando profissões que não existiam até pouco tempo atrás. Formar essas pessoas leva tempo. “Há três anos, analista de mídias digitais era uma profissão que não existia”, exemplifica Sgobbi. “O profissional de TI tem que ter clareza de que será eterno refém do aprendizado.”

Há, claro, algumas profissões que dão sinais de escassez de mão de obra por serem segmentos de nicho – casos, por exemplo, de produtores de especiarias e taxidermistas – ou por serem relativamente recentes. Nesses, um aumento pontual na oferta de vagas deixa evidente a falta de profissionais porque não são atividades com formação em grande escala de pessoas para essas funções. “Quando você busca um profissional para a área administrativa, as chances de achar alguém são maiores, mas quando você precisa de uma pessoa mais técnica, há dificuldades”, diz Kiko Campos, que comanda a Across Gestão de Carreiras.

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